Curso de Formação de Monitores: A Educação
Não Formal Contribuindo para Novas Perspectivas Profissionais
Isabel
Aparecida Mendes
Isabelm@coc.fiocruz.br
Museu da Vida
Brasil
O
Curso de Formação de Monitores para Museus e Centros de
Ciência é desenvolvido pelo Centro de Educação
em Ciência do Museu da Vida (MV) pertencente à Casa de
Oswaldo Cruz (COC), unidade da Fundação Oswaldo Cruz/FIOCRUZ
que tem como objetivo formar monitores para atuarem em museus e centros
de ciência. Este projeto é apoiado pela FAPERJ - Fundação
Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro,
através do programa “Jovens Talentos para Divulgação
Científica”.
Os
jovens que participam são alunos do ensino médio de escolas
públicas, com idade entre 16 e 21 anos, oriundos de classes sociais
menos favorecidas. Os estudantes são moradores de áreas
de risco social, marcadas pelo controle do narcotráfico e pela
constante guerra entre traficantes de diferentes facções.
O
objetivo principal desse programa é criar um espaço próprio
de reflexão para a construção coletiva do conhecimento,
contribuindo para a popularização da ciência junto
as comunidades de diferentes classes sociais. Deve-se destacar o eixo
educação e divulgação científica
para a cidadania, que garante a parceria entre instituições
públicas e privadas, tais como o Planetário da Gávea/Museu
do Universo (Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro) e Espaço
Ciência Viva.
Acreditamos
que o curso contribui para ampliar os horizontes dos alunos, apresentando
novas perspectivas, a partir da convivência com os profissionais
de diferentes formações. Observamos que esse programa
também incentiva os jovens a continuarem estudando, aponta um
número significativo de monitores que prestaram vestibular e
ingressaram nas universidades públicas e particulares, e a escolher,
na hora do vestibular, profissões relacionadas à experiência
de estágio no Museu da Vida. Por exemplo, a preferência
dos atuais alunos é principalmente, por Medicina, Administração,
Biologia, Pedagogia, História, Psicologia e Geografia, consideradas
carreiras de acesso difícil até então para este
grupo social.